Eritreia

 
Testemunho de um irmão eritreu
 
 “As mesmas pessoas que me ameaçavam dizendo que eu seria um prisioneiro pelo resto da vida, foram as mesmas que abriram as portas daquela prisão para eu sair e seguir em paz”
 
Tesfai* tinha apenas oito meses de conversão quando teve que enfrentar a perseguição religiosa em seu país, sendo preso durante cinco anos e meio. “Eu não tinha muito conhecimento bíblico, mas eu orei para Jesus me ajudar a ser firme em minha fé durante aquela dificuldade. Na prisão eu cresci espiritualmente e pude compreender mais sobre as coisas de Deus”, lembra ele.

Vindo de uma família muçulmana tradicional, Tesfai passou por uma de suas mais difíceis provações. “Minha mãe foi me visitar na prisão e quando ela soube que eu estava lá por causa da minha fé e que eu havia me convertido ao cristianismo, ela implorou para que eu voltasse atrás. Como eu disse que não deixaria Jesus, ela começou a gritar, lamentar e até ameaçou cometer suicídio. Muitos não cristãos que estavam na cela disseram que eu deveria ouvir minha mãe”, disse.

Dois meses depois daquela cena, foi a vez de seu pai tentar persuadi-lo a voltar ao islã. “Agradeço a Deus por me dar a graça de resistir à essa pressão esmagadora. Não foi nada fácil. Mas Deus me fortaleceu. Eu sentia as forças do mal trabalhando por meio das autoridades prisionais. Suportei torturas, mas quando voltávamos à cela, orávamos e cantávamos juntos”, relatou.

“Quando eles desistiam de nos provocar por causa da nossa fé, nos sentíamos vitoriosos. Somente nos dividimos quando chegou a hora de assinar alguns documentos de retratação para garantir a libertação. Eu não julgo aqueles que assinaram, mas eu jamais poderia fazer isso.

Preferi pedir a Deus para me ajudar a permanecer sendo fiel a ele, até o fim. Depois de alguns anos, passei a orar pedindo para sair dali. Eu sentia o Espírito Santo me envolvendo para orar dessa forma. Certo dia, enquanto eu orava e jejuava senti que o dia da minha liberdade estava chegando”, lembra emocionado.

“O grande dia chegou e as mesmas pessoas que me ameaçavam dizendo que eu seria um prisioneiro pelo resto da vida, caso não assinasse o tal documento, foram as mesmas que abriram as portas daquela prisão para eu sair e seguir em paz. Agradeço a Deus pelos milagres e pela orientação que recebi dele. Sempre darei glórias por tudo o que ele fez por mim. Foi da vontade dele que eu passasse por essa tribulação, mas ele também me deu graça abundante para que eu pudesse superar”, conclui.

* Nome alterado por motivos de segurança
 
Fonte: Texto extraído do Portas Abertas


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