A população da Eritreia é dividida em 40% de cristãos e 60% de muçulmanos. Lá, existem três vertentes do cristianismo: igrejas históricas registradas, ex-muçulmanos e os cristãos independentes. A hostilidade das autoridades locais chegou ao ponto de um funcionário do governo declarar certa vez, em público, que há três inimigos que precisam ser erradicados do país: o vírus da Aids (HIV), o regime da Etiópia e os cristãos independentes.
Há um sério potencial para o extremismo islâmico. Desde maio de 2002, todas as igrejas evangélicas estão fechadas e precisam de autorização para funcionar. Para o governo, todos os grupos cristãos que não pertençam às igrejas oficiais não podem funcionar de maneira nenhuma.
A perseguição àqueles que se reúnem ou exercem qualquer outra atividade religiosa sem autorização já causou a prisão de mais de dois mil cristãos. Atualmente, cerca de 1.500 cristãos estão presos por causa de sua fé. Muitos são mantidos em contêineres de metal, onde a temperatura pode chegar a 50 graus Celsius.
Em 2014, a Portas Abertas recebeu a visita da cantora eritreia Helen Berhane, cristã que esteve presa em um contêiner de metal, na prisão militar de Mai Serwa, por não negar sua fé em Jesus. Após dois anos e meio de prisão, ela foi terrivelmente espancada até ser dada como morta. Depois de uma recuperação milagrosa, ela conseguiu sair do país e hoje vive na Dinamarca, onde recebeu asilo político. Helen denunciou a pressão que os cristãos sofrem na Eritreia e toda a perseguição à qual são submetidos.
“Logo que me trouxeram preso, pensei que o diabo havia prevalecido sobre a Igreja e sobre mim. Mas não levou sequer um dia para que o Senhor me mostrasse que ele é um Deus soberano e que controla todas as coisas, inclusive aqui na prisão”, pastor eritreu.
Fonte: Missão Portas Abertas
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